Abramites hypselonotus (Günther, 1868)
Sinónimos / Etimologia
- Leporinus hypselonotus (Günther, 1868), Leporinus solarii (Holmberg, 1891, Abramites microcephalus (Norman, 1926), Abramites ternetzi (Norman, 1926), Leporinus nigripinnis (Meinken, 1935)
- A raiz do binómio vem do grego: a palavra"abramis" refere-se a "tainha", ou "peixe cinzento"; "ites" significa "parecido com"; "hypselos" é "alto"; e finalmente "notus" quer dizer "costas". Ou seja, "hypselonotus" quer dizer "dorso alto" ou "costas altas".
Classificação Taxonómica
Ordem: Characiformes > Família: Anostomidae
Distribuição Geográfica / Habitat
América do Sul, sobretudo na região da Amazónia peruana, uma extensa área de floresta tropical no nordeste do país. Esta região compreende 60% do Peru, é caracterizada pela cerrada vegetação que sustenta uma enorme biodiversidade e começa na parte oriental da cordilheira dos Andes, alongando-se até às fronteiras com o Equador, a Colômbia, o Brasil e o Norte da Bolívia. O Peru possui a segunda maior área da floresta amazónica depois do Brasil e a quarta maior área de floresta tropical do mundo, depois do Brasil, do Congo e da Indonésia, por esta ordem.
O tipo desta espécie foi inicialmente descrito a partir de «Xeberos», no Peru — designação que visava presumivelmente referir-se ao actual distrito de Jeberos, na província do Alto Amazonas, região de Loreto, no nordeste do país —, onde além do próprio Amazonas nascem também os rios Marañón, Huallaga e Ucayali. O rio Marañón é a principal fonte do Alto Amazonas, nascendo no alto dos Andes a cerca de 160 km ao nordeste de Lima e fluindo através de um vale profundamente erodido na direção noroeste, ao longo da base oriental da cordilheira, para fazer depois uma grande curva para nordeste e fluir finalmente para a bacia plana da Amazónia.
Todavia, é hoje consensualmente reconhecido que estes peixes se encontram dispersos por uma enorme extensão natural. Não só ocorrem em grande parte das bacias do Amazonas e do Orinoco — ou seja, além do Peru também se encontram no Brasil, no Equador, na Colômbia, na Venezuela, na Guiana e na Bolívia —, como chegam inclusivamente ao sistema dos rios Paraguai e Paraná, (que começa no sul do Brasil, abrange o Paraguai e chega à Argentina).
Por ser tão vasto, o bioma desta espécie compreende muitos tipos de habitats, que vão desde os principais canais fluviais dos rios e dos seus tributários com águas turvas e correntes relativamente fortes até aos pequenos afluentes e remansos. Sob o ponto de vista ecológico estes peixes são generalistas e isso explica que também entrem em zonas temporariamente inundadas durante as cheias anuais, onde são encontrados com regularidade.
Parâmetros da Água
- Temperatura: 21-30°C (prefere 24-27°C)
- pH: 6,2-7,5 (prefere 6,5-7,0)
- Dureza: 130-200 ppm (água moderadamente dura)
Tamanho Máximo / Espaço em Cativeiro
Atingem os 14 cm em adultos. Recomenda-se como espaço mínimo um aquário de 100 litros.
Manutenção / Comportamento Social / Alimentação
Estes peixes são nadadores rápidos e poderosos, devendo por isso ser mantidos em aquários com uma boa filtragem, uma corrente relativamente forte e uma excelente oxigenação. Aliás, o seu corpo fusiforme é um claro indicador disso mesmo, que que estão morfologicamente preparados para caudais fortes. Prefere manter-se nas zonas intermédias e baixas da coluna de água.
Enquanto jovens podem ser mantidos em aquários comunitários, mas em adultos costumam ficar extremamente intolerantes e agressivos com outras espécies, embora possam ser mantidos com espécies que sejam bastante mais calmas. Esta espécie é altamente herbívora e come as plantas com folhas mais macias, pelo que convém que seja mantida num tanque com pedras e troncos grandes. A sua dieta é complementada com pequenos invertebrados e a posição de cabeça é utilizada para se alimentar.
Dimorfismo Sexual / Reprodução em Cativeiro
----- (Diferenças entre sexos, grau de dificuldade da reprodução, exigências especiais, como se reproduzem, etc)
Informação Complementar
----- (Descrição da espécie, notas, introdução inicial no mercado, curiosidades, etc)
Bibliografia:
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